domingo, 4 de setembro de 2011

Entrevista aos Coromole

Adaptam música portuguesa de intervenção e através dela querem passar uma "mensagem de alerta" para a situação do país. Zeca Afonso, António Variações e Diabo na Cruz abundam no reportório dos Coromole, banda joanense com um ano de existência, composta por sete amigos de escola.


"Sempre tive ligações à música tradicional portuguesa e comecei a falar com um primo da ideia de uma banda neste registo. Depois do "passa a palavra" juntámo-nos sete, elaborámos o projecto e começamos", narra Diogo Fernandes, mentor do projecto e multi-instrumentista da banda (toca concertina, bondolim, viola braguesa e harmónica).

Tiago Ferreira na guitarra melódica e voz; Pedro Oliveira na guitarra e solos; o baterista Marco Fernandes; André Silva na percussão, o baixista Diogo e Patrícia nos solos compõem o restante figurino de Coromole, com idades entre os16 e os 18 anos. À excepção de dois, todos os elementos são de Joane.

Ontem, dia 3 de Setembro, deram o oitavo concerto em Vermil, no Festival da Juventude. Bares e festas são os locais onde habitualmente actuam. "A ideia de banda é pegar nas raízes de música tradicional portuguesa e adaptá-las a versões nossas. O rock dos Xutos e a música pop qualquer banda toca. Música inglesa estava fora de questão e por isso queremos marcar pela diferença", assegura Tiago Ferreira.

O grupo ensaia três dias por semana numa garagem a que chamam de "estúdio improvisado" com direito a isolamento de som feito com... caixas de ovos! "Quem nos ouve tem gostado. Já tivemos um senhor que chorou quando nos ouviu tocar a "Grândola vila morena". A malta da nossa idade não está habituada a ouvir este tipo de música mas quando nos ouvem, acabam por aderir. É música para todos os ouvidos, pois os antigos revivem os seus tempos e os mais novos ouvem a música dos antigos num ritmo mais puxado", asseguram.

"Terra de maus olhares" (que garantem não ser Joane) e "Cinderela" são para já os únicos originais da banda que vai entrar em gravações, embora com algum amadorismo, de três temas para poder apresentar aos proprietários de bares e locais de diversão na mira de espectáculos. "Aindaninguém teve lucro na banda a não ser uns kebabs no fim dos concertos na roulotte. O cachet é, para já, pouco elevado, rondando os 200€. Os instrumentos são pertença individual e a banda apenas paga o material que se danificar".

Para os interessados em conhecer melhor o trabalho da banda, a melhor forma de contacto é o telemóvel 910821992.

Baseado in "Repórter Local"

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