"Em sinal de protesto. Fartámo-nos de pedir sinalização para o Largo 3 de Julho e para outras situações e a Câmara demora tempo infinito a responder. Neste caso, a pedido não sei bem de quem, a Câmara foi célere e não deu cavaco à Junta", argumenta Sá Machado. O autarca, contudo, diz estar ciente da autoridade da Câmara em matéria de sinalética mas lamenta que esta não aja sempre da mesma forma. "Na maior parte das vezes, o município consulta a Junta para dar parecer e apontar sugestões. Neste caso não disse nada, o que revela bem a forma como trata a Junta de Joane. Quando convém, atiram-se à Junta dizendo que é nossa responsabilidade, quando interessa, agem sem dar conhecimento".
Em Joane operam cerca de 10 táxis em três lugares, junto à Caixa Geral de Depósitos. A falta de espaços motiva muitas vezes o estacionamento em segunda fila na Avenida Pedro Hispano. "A nova praça está prevista no projecto do Largo 3 de Julho e tem toda a lógica que assim seja. Os principais utilizadores dos nossos serviços são idosos e doentes que vêm do posto médico. Faz todo o sentido que tenham ali o veículo ao pé para os levar a casa", argumenta o taxista Paulo Moura. Quem não vê com bons olhos a deslocalização são os moradores do prédio do Centro de Saúde. Com a nova praça não sobram lugares para estacionar outras viaturas, já que seis lugares ficam reservados para táxis, um para pessoas com mobilidade reduzida e o restante espaço para ambulâncias.
Depois da retirada dos sinais, a Câmara já voltou ao local, optando por pintar de amarelo o espaço para evitar o estacionamento de viaturas. À margem da polémica, os taxistas continuam também a aguardar aparcamento na feira semanal. Consta-se que no pedido feito à Câmara para o Largo 3 de Julho também constava o pedido de sinalização junto ao Parque de Laborins, que há mais de um ano acolhe a feira semanal mas não tem lugares para táxis. "Falta apenas um euro de tinta para pintar o espaço a reservar e muito euros de boa vontade. O problema de tudo isto é político, envolve guerras antigas entre Junta e Câmara e quem padece somos nós", diz Paulo Moura. Por seu lado, Sá Machado desconhece qualquer pedido formal dos taxistas para poder dar seguimento.
Baseado in "Repórter Local"
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